Xilogravura assinada pelo artista J. Miguel, filho do Mestre J. Borges, de Bezerros (PE). A obra será enviada em tubo.
Medidas aproximadas:
48 x 33 cm (A x L)
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Xilogravura assinada pelo artista J. Miguel, filho do Mestre J. Borges, de Bezerros (PE). A obra será enviada em tubo.
Medidas aproximadas:
48 x 33 cm (A x L)
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José Miguel da Silva (1961) nasceu em Bezerros (PE), um dos polos da xilogravura popular brasileira. Filho do renomado Mestre J. Borges (1935–2024), dedica-se a essa arte há mais de 50 anos. Desde jovem, ajudava na produção e venda de cordéis e praticava o entalhe em retalhos de madeira do ateliê. Logo, suas pequenas matrizes chamaram a atenção de seu pai, que passou a orientá-lo artisticamente. Como aprendiz, J. Miguel chegou a gravar obras desenhadas pelo próprio J. Borges.
Dessas trocas de conhecimento, pai e filho passaram a compartilhar temas em seus trabalhos. Com o tempo, J. Miguel aperfeiçoou sua técnica e até criou ferramentas próprias, como a marcante chave-estrela. Atualmente, além de se inspirar nas tradições folclóricas nordestinas, o artista aborda questões contemporâneas, incluindo pautas sociais. J. Miguel também produz matrizes em diversos formatos para que colecionadores possam ter acesso aos seus trabalhos de entalhe. Ele demonstra um carinho especial pelas peças menores, que remetem ao início da sua trajetória profissional.
Entre suas xilogravuras mais conhecidas está “A Feira Nordestina”, uma de suas criações favoritas. Retratando figuras típicas, como o homem da cobra e o vendedor de cordel, o trabalho foi premiado em 2014 pela Bienal Naïfs do Brasil. Sua obra é amplamente valorizada no exterior, especialmente nos Estados Unidos e no Japão.
SOBRE A TÉCNICA
A xilogravura é uma técnica milenar na qual o artista utiliza goivas e facas para entalhar uma placa de madeira. Assim, ele cria uma matriz, semelhante a um carimbo. Em seguida, a superfície dessa matriz é entintada manualmente com um rolo ou pincel, podendo ser em preto ou colorida. Devido ao baixo relevo, as partes esculpidas permanecem sem tinta.
Posteriormente, um papel é prensado sobre a matriz, resultando na impressão da gravura. O artista finaliza a obra assinando-a a lápis, o que valida sua autenticidade. Quando a edição é limitada, a numeração também é indicada. É interessante observar que o conteúdo é gravado na matriz de forma invertida e, após a impressão, ele aparece no papel com a orientação correta.
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